quinta-feira, janeiro 19

Ser Cristão Anglicano em terras Latinas...

1) Ser parte da Igreja de Cristo Crucificado em cada rosto sofrido pela miséria e pela opressão de um sistema injusto e excludente, sem excluir ou isolar-se de outros cristãos e não cristãos, participando ativamente em processo de libertação da vida do Povo de Deus, a verdadeira Igreja de Jesus, com suas alegrias e tristezas, vitórias e derrotas;

2) Pertencer a uma Comunidade que é Sujeito de Libertação, onde cada pessoa, do mais miserável ao mais favorecido, é respeitada em sua individualidade e deve utilizar seus talentos em favor dos mais fracos e empobrecidos;

3) Apresentar uma teologia baseada nas Escrituras Sagradas, na Tradição e na Realidade sofrida e explorada do Povo Latino, coerente com a inteligência racional, com a "alegria caliente" e com a sensibilidade popular;

4) Estar disposto a celebrar e a lutar pela unidade na diversidade;

5) Considerar com serenidade, encarnada na realidade de cada comunidade, as Escrituras Sagradas, sem crer que cada passagem deva ser interpretada literalmente, nem fazer delas mecanismo de exploração;

6) Preferir a liberdade  e a libertação em Cristo, mais que a uniformidade e a manipulação de opiniões;

7) Sentir devoção e reverência aos Sacramentos na luta pela construção de uma sociedade mais justa e liberta da miséria cultural e econômica, sem tentar definir cada ponto desses mistérios;

8) Conceber o ministério como dever, compromisso, inclusão, comunhão e privilégio de todos os batizados;

9) Insistir na moralidade (aquilo que é bom, edifica) a partir da promoção da justiça social e evitar o moralismo (preferir uma conduta à obra salvífica e libertadora de Cristo)

10) Participar da herança apostólica, a fé no Evangelho de Cristo Libertador;

11) Ser parte de uma história antiga e sagrada, marcada por processos de dor, sangue e escravidão tanto por parte da sociedade civil quanto da própria religião, que se renova e luta a cada dia por sua libertação;

12) Crer que a Igreja é de todos, mais ainda, a Igreja é todos nós, e que todos tem o privilégio de sustentá-la, mediante seu compromisso com as comunidades carentes e aos empobrecidos, segundo a possibilidade de cada um.

Adaptação do texto publicado no site da Província Anglicana Tradicional

Pe. Victor

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